28 de agosto de 2012

Ida a Águas Calientes, Machu Picchu e subida a Waynapicchu

Olá!

Voltando aos trabalhos com o post mais longo e mais legal de escrever sobre o Peru: a viagem a Águas Calientes para visitar Machu Picchu. O post de hoje conta desde o dia que saimos de Cusco e chegamos em Águas Calientes, até o dia seguinte, com o tour em Machu Picchu, a subida à montanha Waynapicchu e a volta para Cusco.

✈ IDA A ÁGUAS CALIENTES
Saímos 10h de Cusco no sábado, com uma van contratada pelo Pirwa. Essa van levou a gente até Ollantaytambo pra pegar o trem Peru Rail às 12h55. Recomendo conferir se a agência com a qual você fechou seu tour marcou um horário bom pra van em Cusco. Correr o risco de perder o trem é péssimo, não combina com 'diversão' e 'viagem'. Sem contar que muita gente vai estar lá, vai ter muvuca e estar no horário dá uma boa tranquilidade. Aproveitamos o tempinho ainda pra comer um milho, o 'choclo' de lá. Delicia!



Atenção: para entrar no trem você precisa, claro, do seu ticket e também do seu passaporte. Não esqueça de jeito nenhum o passaporte, ou então não poderá embarcar. Para nativos, o DNI (nosso RG) é suficiente. Pra nós, turistas, passaporte! O trem é confortável, tem banheiro e serviço de bordo. A viagem dura por volta de 1h30.

Antes de mais nada, pra quem não entendeu porque ir a Aguas Calientes: esta é uma cidade dormitório, está aí para atender os turistas que vêm conhecer Machu Picchu. De Cusco não é possível chegar para conhecer a cidade Inca e voltar no mesmo dia, seria loucura. Por isso Aguas Calientes está inclusa em todos os roteiros antes de Machu Picchu.

Chegando em Águas Calientes já fomos recebidos por uma funcionária do Pirwa com nosso nome na plaquinha. Saindo da estação tem uma feirinha (feirona) de artesanato, mas eu vou comentar sobre ela depois. Cheguei lá achando que íamos de carro pro Pirwa Bed & Breakfast... engano meu. A cidade é ímpar, você faz tudo a pé, tranquilamente. Eu, particularmente, achei sensacional a cidadezinha cercada por montanhas gigantes.


Andamos até o hostal, que fica numa vielinha, e fomos surpreendidos por uma estrutura maravilhosa, quartos novíssimos e enormes, um conforto que há algumas semanas não víamos, haha. A ideia a partir daí era tomar um banho, arrumar as coisas, sair para almoçar e então visitar as termas de Águas Calientes. Paramos para comer no primeiro restaurante da esquina, o qual a moça que nos buscou disse que dava desconto pra quem se hospedasse no Pirwa. Não é verdade, ok? Eles dão desconto pra qualquer pessoa que pechinchar... e é assim em todo restaurante de lá!
O almoço saiu por 15 soles (entrada + prato + limonada + sobremesa), mas deixou a desejar... Não espere que o menu seja aquela coisa de outro mundo de delicioso, nem de abastado. Vem uma porçãozinha razoável.

Como eu havia mencionado, há uma super feira de artesanatos, lembrancinhas, camisetas e etc na saída da estação de trem. Ela foi o motivo de termos desistido de ir às termas no sábado e deixamos para ir no domingo, depois de Machu Picchu, na intenção de relaxar. Fizemos as comprinhas básicas, fomos conhecer mais um pouquinho da cidade e voltamos ao hostal, pois já fazia frio estávamos com roupas de calor. Por conta das montanhas, fica bem fresquinho à noite e no inicio do dia. Fomos então jantar pra depois poder dormir cedo e acordar cedo para ir a Machu Picchu.

Aqui fica uma dica bem importante: os garçons dos restaurantes costumam ficar na porta chamando você para dentro, oferecendo mil coisas, baixando preços e prometendo o que não podem cumprir. É importantíssimo confirmar mais de duas vezes com ele o que está incluso no preço combinado para não levar um golpe. Às vezes, confirmar não significa receber. Andamos por vários restaurantes na Rua Pachacutec e resolvemos ficar em um que prometia drinks 4x1 em copos grandes, nachos com guacamole de graça e uma pizza tamanho família por 20 soles. Engano nosso... os drinks vieram em copos pequenos e os nachos, sem guacamole. Por fim comemos os nachos e bebemos os drinks, pagamos apenas por isso e fomos embora indignados. Subimos mais um pouco e encontramos um outro restaurante, no qual perguntamos várias vezes o que estaria incluso... nesse demos sorte, tudo veio do jeitinho que pedimos e muito gostoso!
O resto da noite foi dormir bem tranquilo, cedo, pra poder ter bastante energia pro dia seguinte...

✈ MACHU PICCHU E A MONTANHA WAYNAPICCHU

No dia seguinte acordei por volta das 5h30 para tomar um banho e ir renovada pro passeio. Roupas confortáveis, tênis, mochila com água e snacks. Saímos do hostal e descemos pela beira do rio para chegar ao ponto de ônibus que nos leva a Machu Picchu. Nossos tickets também já estavam inclusos naquele pacote completo, então só chegamos e entramos no ônibus... mas preste atenção, nem sempre é assim.

Atenção: Para entrar em Machu Picchu são permitidas 2500 pessoas por dia. Para subir o Waynapicchu, apenas 400, sendo 200 no grupo que pode entrar das 8h às 9h e as outras 200 no grupo que pode entrar das 10h às 11h. Nosso horário era o segundo, por isso acordamos às 5h30. Se seu grupo é o primeiro, recomenda-se acordar mais cedo e vou explicar o porquê. As pessoas acordam bem cedo para curtir o dia em Machu Picchu e a fila para pegar o ônibus fica longa, demorada. Por isso recomenda-se acordar mais cedo se seu horário é o primeiro pois é possível perder a entrada a Waynapicchu por atrasos no ônibus. 

Chegamos tranquilamente em Machu Picchu e logo encontramos Peter, o nosso guia. Infelizmente nosso grupo era bem grandinho e eu, particularmente, não curto grupos grandes pois sempre há atrasos, gente que fica pra trás e etc. Mas esse até que foi tranquilo e o guia sabia muito da história. Ele nos guiou pela cidade Inca, linda demais. Você fica o tempo todo pensando como que eles conseguiram construir tudo aquilo sem as modernidades de hoje, subindo a montanha a pé. Há varios pontos enérgicos, onde você pode fazer um pedido, obter energia boa, o que lhe der na telha. É um ambiente muito bom de visitar.





Há templos dentro da cidade e você pode visitá-los todos. Recomendo ir logo, pois daqui uns 3 anos será reduzido o número de pessoas a entrar em Machu Picchu (serão apenas 1000) e também não será possível caminhar por toda a cidade.

Pegando energias do templo
Templo do sol
Fizemos o tour em 2h20 aproximadamente e logo fomos para a entrada da montanha Waynapicchu, que foi onde o passeio ficou hardcore. É subida, subida, subida, por uma escadinha estreita pra burro, de repente fica íngreme, tem que subir engatinhando... Adorei a subida, foi demais chegar no topo, mas já aviso que precisa ter disposição. Eu achei que não ia conseguir. Lá em cima você encontra mais ruínas de construção Inca. A vista é maravilhosa, Machu Picchu parece uma manchinha no meio da montanha. É necessário tomar muito cuidado, tanto pra subir, quanto pra descer, pois há abismo ao lado de várias partes onde se sobe e desce. Aqui vão várias fotos da subida e descida, não consegui economizar nas fotos porque estão muito legais, haha.



Machu Picchu visto da montanha
Vista do topo da montanha

Depois de voltarmos a Machu Picchu o corpo já estava pedindo arrego, claro, e fomos, por dentro de Machu Picchu, em direção à saída. Aqui foi interessante porque voltamos por um caminho que não vimos na ida, então conhecemos uma nova parte da cidade. Na saída, enfrentamos uma bela fila pra pegar o ônibus de volta, mas até que não demorou muito para irmos. Detalhe: levem protetor solar. Nessa hora eu estava parecendo um pimentãozinho, com marca da blusa, cara vermelha, tudo o que temos direito, haha.

Voltando pro hostal, animamos ir às termas, mas antes resolvemos almoçar. Começou de novo a saga de achar um restaurante que servisse bem a comida, a fome estava pega! Paramos em um, conversamos, combinamos e o cara prometeu nachos com guacamole, a entrada, o prato principal bem servido de comida e limonada. Adivinha? Demorou muito pra vir, a limonada chegou depois da comida, o prato principal não tinha nada de comida, uns pedaços de carne que não enchiam ninguém... enfim, um fiasco. Não adiantou nada combinar. Mas também deixamos de dar a famosa 'propina', ou o que conhecemos por 10%... lá não é bem 10%, tem lugar que espera uma propina voluntária.

Partimos então para as termas. Eu e o Felipe pagamos os 20 soles (10 cada um) e entramos enquanto nossos amigos alugavam uma toalha, bem em frente à entrada das termas. Subimos falando português e fomos parados por dois baianos simpáticos que disseram que tinham desistido de entrar porque tava muito imundo. Nisso, nossos amigos pararam na porta e nem pagaram, já viram que algo tava errado. Então a gente resolveu subir pra olhar sem destacar o ingresso, pra talvez poder devolver né? Chegando nas piscinas termais foi um susto... tava imundo aquilo, a água tava cinza, tinha muita gente, tudo muito muito sujo mesmo. Voltamos rapidinho e tentamos devolver o ingresso, mas o porteiro não queria deixar. Brigamos, brigamos e, por fim, vendemos pra dois gringos que vinham entrando.

Voltamos então pro hostal, ficamos esperando dar a hora do trem e fomos pra estação, rumo à Cusco novamente. Fique atento pois a estação fica uma muvuca e você não vai querer perder seu trem! E não espere chegar em Cusco e sair pra se divertir e etc, você não vai. Você vai estar quebradasso!

Esses foram os dois dias intensos de viagem e o próximo é o último. Tô até ficando triste de narrar o último dia, meio que querendo adiar, haha. Mas já tenho posts prontinhos pra depois do roteiro. Nosso instagram está atualizadíssimo e hoje mesmo colocarei mais algumas fotos.
Quero aproveitar e agradecer as 2000 visitas ao blog, que está crescendo a cada dia! Muito obrigada a todos! 

Amanhã: Salineras de Maras, Moray e outras ruínas. Beijocas!

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